domingo, 10 de outubro de 2010

Aleitamento materno poderia salvar 1,5 milhão de crianças



Dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que a amamentação exclusiva até os seis meses de idade e complementar até os dois anos poderia salvar a vida de 1,5 milhão de crianças anualmente em todo o mundo. A estimativa, no entanto, é que apenas 35% das crianças com até 6 meses de vida recebam exclusivamente o leite materno.

De acordo com a OMS, mais de dois terços das 8,8 milhões de mortes anuais de crianças menores de cinco anos são provocadas pela subnutrição. A doença está associada, inclusive, a práticas de alimentação inadequadas, como a mamadeira, nos primeiros cinco meses de vida.

Especialistas enfatizam que aumentar os índices de aleitamento materno é a chave para melhorar a nutrição de crianças em todo o mundo. Os hospitais que receberam o título de Amigos da Criança, título conferido pela OMS e pelo Unicef, têm o potencial de oferecer a milhões de bebês um inicio de vida mais saudável.

Uma pesquisa realizada no Brasil pelo Ministério da Saúde revela que os bebês nascidos nessas instituições mamam por um período maior do que as crianças nascidas em outras maternidades. Atualmente, 335 hospitais brasileiros tem o titulo.

O leite materno é considerado pela OMS como o alimento ideal para recém-nascidos. Ele é seguro e oferece ao bebê todos os nutrientes que precisa para um desenvolvimento saudável, além de conter anticorpos que protegem as crianças de doenças comuns na infância. A falta de orientação e de apoio por parte de profissionais de saúde é apontada como uma das razões que levam mães a interromperem a amamentação poucas semanas após darem à luz.

Dez passos para o sucesso do aleitamento materno em hospitais


1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe do serviço.

2. Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar esta norma.

3. Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação.

4. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto.

5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos.

6. Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tenha indicação clínica.

7. Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia.

8. Encorajar a amamentação sob livre demanda.

9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.

10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar.

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