quinta-feira, 29 de julho de 2010

Atenção ao prazo de validade!


 
A busca pela alimentação adequada não passa apenas pela escolha do alimento mais saudável. Prestar atenção no prazo de validade dos produtos é essencial. Além disso, é importante observar a aparência dos mesmos, ainda que estejam valendo, e procurar preocupar-se com o seu armazenamento, pois eles podem estar dentro do prazo e mesmo assim estragar, pois foram guardados de maneira incorreta.

Antigamente, quando ainda não existia geladeira, uma das técnicas de conservação era salgar os alimentos para que não estragassem. Isso era feito com as carnes e os vegetais, por exemplo. Hoje, a indústria de alimentos possui técnicas muito sofisticadas, que incluem até substâncias chamadas conservantes para que os alimentos durem mais.

De acordo com a legislação brasileira vigente, o prazo de validade dos alimentos deve estar obrigatoriamente impresso nas embalagens dos produtos. O Ministério da Saúde regulariza e a Secretaria de Vigilância Sanitária fiscaliza o cumprimento dessas regras. A validade de um produto é determinada através de testes feitos pelo próprio produtor. Legumes, frutas e hortaliças frescos e sem qualquer tipo de processamento não precisam apresentar tal informação, apenas o dia em que foram embalados deve constar em suas embalagens. Entretanto, segundo a portaria da ANVISA, o fabricante também deve colocar no rótulo o tempo de duração dos alimentos depois de abertos e explicar como devem ser conservados. O grande problema é que nem todos respeitam essa regra.

Estocar os alimentos de forma correta é muito importante. Perecíveis devem ir direto à geladeira, enquanto os produtos com menor quantidade de água e gordura na composição (pois são esses teores, principalmente, que aceleram a deterioração) podem ser mantidos no armário, em suas próprias embalagens ou dentro de potes herméticos. Tirar o produto da embalagem também pode fazer com que ele dure mais um pouco. Qualquer alimento que tenha mudado a cor, a consistência ou o cheiro deve ser jogado fora.

Por exemplo, o leite de saquinho costuma durar até dois dias na geladeira depois de aberto. O requeijão, oito dias. O queijo fatiado dura menos do que a peça inteira e deve ser mantido em um plástico filme, bem fechado. O mesmo vale para a carne, que não deve ficar mais de um mês no congelador após a bandeja ser aberta.

O prazo de validade nas embalagens é também uma questão de garantia. Isso porque, caso o alimento se estrague dentro do período em que deveria estar seguro, o consumidor tem o direito de reclamar junto ao serviço de atendimento do fabricante.

FIQUE ATENTO!

Alguns cuidados:
- Estar sempre atento à data de validade dos produtos;
- Prestar atenção à forma de acondicionamento da mercadoria;
- Após a compra, seguir as normas de armazenamento;
- Consumir o produto dentro do prazo
- Para carnes e outros frios fatiados, pedir que eles sejam cortados na hora, caso não esteja devidamente embalado e resfriado, além de conter a data de vencimento.
- No caso da carne congelada, essa não pode ser levada novamente ao freezer depois de um descongelamento.

PRAZO DE VALIDADE DE ALGUNS PRODUTOS:

• Cerveja: Não aberta: 4 meses.

• Açucar máscavo: Longa vida, se armazenado em local fechado e seco.

• Chocolate: (em barra): Um ano a partir da data de fabricação.

• Café instantaneo: Não aberto: Até 2 anos – Aberto: Até um mês.

• Refrigerante Diet (e outros em garrafa plástica): Não aberto: 3 meses. Aberto: Não estraga, mas o gosto se altera.

• Jantar congelado: Não aberto: 12 a 18 meses.

• Vegetais congelados: Não aberto: 18 a 24 meses – Aberto: 1 mês.

• Mel: Longa vida

• Suco em garrafa: Não aberto: 8 meses a partir da data de fabricação – Aberto: 7 a 10 dias.

• Ketchup: Não aberto: 1 ano, após esse período as cores e sabor são alterados.

• Cereja Maraschino: Não aberto: 3 a 4 anos. Aberto: 2 semanas em temperatura ambiente; 6 meses em geladeira.

• Marshmallows: Não aberto: 40 semanas. Aberto: 3 meses.

• Maionese: Não aberto: Indefinido. Aberto: 2 a 3 meses a partir da data da compra.

• Mostarda: 2 anos, após esse período as cores e sabor são alterados.

• Óleo de Oliva: 2 anos a partir da data de fabricação, após esse período as cores e sabor são alterados.

• Amendoim: Não aberto: 1 à 2 anos. Aberto: 1 a 2 semanas, se estiver em embalagem fechada.

• Pepinos em conserva: Não aberto: 18 meses. Aberto: 1 mês, ou menos se houver alteração visível do produto.

• Barra de cereal: Não aberto: 10 a 12 meses, variando conforme fabricante. Consulte a data de validade no produto.

• Arroz branco: 2 anos, a partir da data da compra.

• Refrigerante não-diet: Não aberto: Em lata ou garrafa de vidro, 9 meses, a partir da data de fabricação. Aberto: Não estraga, mas o gosto e cor são alterados.

• Chá em saquinhos: Utilize em até 2 anos da data de compra do pacote.

• Molho de Soja (Shoyo): Não aberto: 2 anos. Aberto: 3 meses.

• Vinagre: 42 meses

• Vinho (tinto ou branco): Não aberto: 3 anos a partir da data da safra; 20 a 100 anos para vinhos finos. Aberto: 1 semana, se fechado com rolha e na geladeira.

Cuidado, abaixe o volume do som



Walkman, discman, Mp3 player, a evolução da tecnologia continua nos ajudando a ouvir nossas músicas preferidas, carregando-as de uma lado para o outro. Mas todo cuidado é pouco, pois se você pretende aprecia-las por mais alguns anos, abaixe o volume.

As vendas de players digitais saltou nos últimos anos, e cerca de 50 a 100 milhões de pessoas fazem uso dos produtos diariamente, afirma a União Européia, que esta semana divulgou a inteção de limitar o volume dos escutadores digitais para 80 decibéis. Especialistas e representantes da indústria vão criar juntos normas mais rigorosas para preservar a audição da população.

E a preocupação não se restringe à Europa. Dados do Grupo de Estudo de Zumbido do Hospital das Clínicas de São Paulo apontam que 35% dos casos diagnosticados de problemas auditivos se devem à exposição prolongada a sons lesivos. A Sociedade Brasileira de Otologia realizou ano passado uma campanha para alertar sobre os perigos do som alto dos MP3 players. Com o slogan “Abaixe o volume ou diminua para sempre a sua audição”, alertavam que os equipamentos podem causar perda auditiva.

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei nº 4524/08, de autoria do deputado federal Jefferson Campos (PTB-SP), que proíbe a venda de tocadores pessoais de música em formato digital - MP3 e MP4 players - cujo volume máximo exceda o limite de 90 dB. Além disso, obriga a inscrição de alerta para os riscos do uso prolongado em alto volume (superior a 85 dB) em todos os aparelhos.

Os tocadores de MP3 atuais são tão potentes, que podem atingir uma intensidade sonora de até 120dB, em seu volume máximo. Para se ter uma idéia, isto equivale à intensidade de uma turbina de avião durante a decolagem. Mas o ouvido humano sofre com isso e quando exposto a sons acima de 85dB por tempo prolongado, que seria o barulho do trânsito numa
avenida movimentada, já pode apresentar perdas auditivas.

Estudos mostram que quatro em cada 10 pessoas expostas a ruídos de 90 decibéis (dB = unidade de medida de intensidade sonora) durante 40 anos têm chance de desenvolver perda auditiva. Pessoas mais sensíveis podem ter suas células sensoriais auditivas lesadas irreversivelmente por um único evento de som acima de 100 dB. Note que essa intensidade é facilmente atingida em cinemas, “baladas” e shows musicais.

Além da perda de audição, o som muito alto de tocadores de MP3, discotecas e shows, pode agredir o ouvido de outras formas, causando zumbido e dificuldade de entendimento. O grande problema é que este tipo de perda auditiva costuma ser irreversível. Uma única exposição a sons intensos pode prejudicar a audição para sempre. Na maioria dos casos a perda auditiva é gradual e indolor, muitas vezes desenvolvendo-se tão lentamente que quase não se nota. A exposição a sons intensos é a segunda causa de deficiência auditiva, dano que é possível prevenir, mas difícil de reverter.

ESCALA 
O som tem a capacidade de afetar humanos sobre uma série de aspectos psicológicos e fisiológicos.

Até 90 decibéis, os efeitos são principalmente psicológicos:
• O som de uma música pode acalmar, alegrar ou até excitar;
• Um som desagradável como o raspar de uma unha sobre um quadro-negro pode “arrepiar”;
• O som intermitente de uma gota d’água pingando de uma torneira pode impedir o sono, e veja que se trata de apenas 30 ou 40 dB.

De 90 dB a 120 dB, podem ocorrer também efeitos fisiológicos, como alteração temporária ou irreversível da fisiologia normal do organismo. Os ambientes com essa intensidade sonora são considerados insalubres.

Acima de 120 dB, o som pode começar a causar efeitos físicos sobre as pessoas: vibrações dentro da cabeça, dor aguda no ouvido médio, perda de equilíbrio, náuseas. A própria visão pode ser afetada por som muito intenso devido à vibração, por ressonância, do globo ocular.

Próximo dos 140 dB pode ocorrer a ruptura do tímpano.

SINTOMAS DA PERDA AUDITIVA:

Alguns sintomas de perda auditiva incluem:

- Dificuldade para escutar em reuniões públicas, salas de concertos, teatros, local de
trabalho, etc. - onde as fontes de som estão longe do ponto de escuta.
- Dificuldade para escutar a televisão e/ou telefone.
- Dificuldade para entender a conversação em um grupo de pessoas.

Os indivíduos afetados por uma perda auditiva freqüentemente desenvolvem formas para tentar ouvir melhor em situações difíceis.
 
Essas formas incluem:
 
- Pedir aos outros que repitam as falas.
- Virar a cabeça de lado direcionando-a para os sons ou para quem está falando.
- Elevar o volume da TV, rádio ou equipamento de som.
- Evitar reuniões sociais.
- Fingir entender a mensagem recebida.

Medicina preventiva evolui mais que a medicina curativa

 
A medicina tem evoluído a olhos vistos. Se antigamente o foco era identificar a doença e tratá-la, usando para isso as tecnologias mais sofisticadas, nos dias de hoje pesquisas comprovam que a prevenção é o melhor caminho para a qualidade de vida.

É a medicina preventiva que se encarrega de propor medidas de prevenção de doenças e promoção da saúde. Portanto, a educação visando à prevenção continua sendo a melhor forma de alcançar e manter uma vida saudável.

É fundamental recorrer ao seu médico não apenas quando se sente mal, mas sim para conhecer melhor o seu organismo, para aprender a cuidar dele, para detectar precocemente eventuais anomalias e para, em última análise, viver melhor.

O cirurgião plástico Múcio Leão Pessoa de Castro, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ressalta algumas das principais práticas preventivas relacionadas à sua área:

- Cuidado com a exposição ao sol, de forma a evitar, por exemplo, o câncer de pele e manchas em geral. “No caso da pele é importante o cuidado preventivo (proteção solar, principalmente), pois ela é considerada o maior órgão do corpo humano. É comum o desenvolvimento de tratamentos e produtos para a recuperação da pele, além da cirurgia – ritidoplastia –, que também tem apresentado resultados mais naturais”, informa o médico.

- Prevenção do câncer de mama, com exames periódicos para a detecção da doença em seu estágio inicial, quando o índice de cura ainda é muito alto;

- Cuidado com a alimentação para evitar problemas futuros como obesidade. Múcio Leão lembra que a cirurgia plástica não trata da obesidade, mas sim de modelar o corpo através da retirada da gordura localizada em um paciente que estiver com o Índice de Massa Corporal dentro dos padrões de normalidade. É comum os pacientes obesos procurarem os cirurgiões plásticos com o intuito de emagrecer, o que não é possível com a cirurgia plástica e sim com dieta e exercício físico. “A rejeição à obesidade atinge altos níveis coletivos: todos se acham gordos, querem parecer magros e, realmente, se convencem de que magreza é saúde e obesidade é doença. Mas a luta contra a obesidade também rende frutos positivos: incorpora a realização de exercícios ao cotidiano e valoriza as dietas alimentares com carne branca, mais fibras e mais frutas e legumes”, finaliza.

Por fim, pode-se afirmar que a medicina continua a curar mas, cada vez mais, permite prevenir a doença e melhorar a sua vida.


Água de coco: saudável, nutritiva e deliciosa


 
Neste verão de temperaturas elevadas e forte calor é importante manter uma alimentação mais leve e tomar alguns cuidados com a alimentação. E na água de coco encontramos uma alternativa saborosa, saudável e refrescante para enfrentar a desidratação. Nas ruas, praias e parques evite as bebidas industrializadas e prefira as fontes naturais de energia.

Rico em minerais, o alimento é considerado um isotônico natural que ajuda a repor os sais minerais eliminados pelo organismo, além de auxiliar na recuperação em casos de desidratação. Durante a prática de exercícios físicos ou mesmo na correria do dia a dia, o corpo perde grande quantidade de água, sódio, potássio e açúcares. No verão esse desgaste é ainda maior.

O nutricionista Diego Soares lembra outros benefícios da água de coco para a saúde:

- hidrata e amacia a pele
- reduz o nível de colesterol
- controla a pressão arterial
- repõe a energia
- combater a prisão de ventre
- previne o enjoo causado pela maresia

Valor calórico

Um coco verde contém em média 300 ml de água, e cerca de 50 calorias. Ainda fechado, o coco pode durar dois meses. Depois de aberto, deve ser mantido em geladeira por no máximo cinco dias.


Diego Soares
Nutricionista

Cuidados com a alimentação do idoso auxiliam no envelhecimento saudável



A alimentação é um dos fatores que auxiliam no controle do organismo, no que diz respeito aos índices de hipertensão, diabetes, colesterol e outras doenças. Um cardápio composto de fibras, vitaminas e minerais ajudam a manter a força e o equilíbrio do idoso. Uma pessoa adulta deve ingerir em média 800 mg por dia de cálcio, mineral encontrado em leites, iogurtes, feijão branco, queijos, entre outros. Já, acima dos 75 anos de idade, a restrição de gorduras não é definitivamente aconselhada para aqueles que são frágeis, sofreram uma redução no peso, ou tem apetite fraco.

As mudanças fisiológicas naturais do envelhecimento interferem no apetite, consumo e absorção de nutrientes. A associação de doenças, fatores psicossociais, condições sócio-econômicas, interação entre nutrientes e medicamentos, isolamento familiar e social também estão diretamente ligadas à alimentação do público idoso. Nesses casos, o consumo de alimentos saudáveis irá auxiliar na redução das comorbidades e contribuir para o ritmo favorável de envelhecimento.

Dicas de alimentação saudável para os idosos

Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Evite pular as refeições;

Inclua diariamente seis porções do grupo dos cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos como a batata, raízes como mandioca/ macaxeira/ aipim, nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural;

Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches;

Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde;

Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis;

Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina;

Diminua a quantidade de sal na comida;

Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.

Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as o consumo de bebidas alcoólicas e o fumo.

Envelhecer é um processo natural e sua ocorrência de forma saudável é essencial para a autoestima e qualidade de vida.


Fonte: Idmed

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Corrida às academias preocupa médicos



Com proximidade do verão, muitos recorrem às academias para estar em forma. Malhação apenas nesta época pode trazer problemas.

Com o início da primavera, muitos já estão de olho no verão. E para chegar à estação com o corpo com uma boa forma é comum o aumento da procura pelas academias. Apesar de não haver uma pesquisa que revele o percentual, o crescimento de alunos nas academias nestas estações é percebido em todas as regiões do Brasil. E essa corrida contra o tempo tem preocupado os médicos que alertam sobre os riscos de lesões e outros problemas de saúde.

Para o ortopedista Vicente Carlos Franco Macedo o fato de praticar atividade física apenas em determinada estação já é um problema. Porque a regularidade é fundamental para que o músculo não produza ácido lático, substância que gera disconforto ou dores no dia seguinte.

“Este erro é encontrado com frequência no consultório. Temos que entender que a saúde dos órgãos é a base da vida. Mas os músculos foram esquecidos por muito tempo. Por isso, hoje defendo que a musculação deve ser feita três vezes por semana, em todas as estações”, alerta.

“O problema maior é o exercício de impacto sem uma força muscular adequada. Ou mesmo a prática somente de uma atividade aeróbica, como futebol, tênis ou basquete. Nestes casos ocorre uma sobrecarga no quadril e joelhos o que poderá evoluir com artrose de difícil tratamento explica o médico.

Orientação

Segundo Vicente, a indicação das atividades deve ser realizada individualmente e, de preferência, com auxílio de um médico. “Antes de iniciar um exercício é preciso avaliar a particularidade de cada um, como, por exemplo, se possui algum desvio no joelho e não se basear apenas pela idade, como algumas pessoas pensam”, orienta.

Prática de futebol para jovens exige atenção



Intensidade dos treinos pode ocasionar lesões e prejudicar crescimento

Com a realização dos jogos da Copa do Mundo de Futebol da FIFA, muitas famílias se veem com o sonho de ter os filhos defendendo o país na próxima edição do mundial que será disputado no Brasil, em 2014.
Mas os médicos alertam que esses pais e filhos devem segurar a ansiedade para evitar riscos à saúde. “Quando os treinos são intensos, a sobrecarga reduz a produção do hormônio IGF1, o que pode provocar microtraumatismos nas placas dos ossos. Principalmente, se esses treinos forem durante a puberdade, quando ossos, músculos e tendões se desenvolvem”, explica Vicente Carlos Franco Macedo, ortopedista membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT.

O médico explica ainda que o problema está relacionado a carga exagerada de treinos, não ao esporte. “O futebol praticado com amigos ou mesmo na escola durante a semana, com duração média de uma hora, não oferece riscos. Sendo este, importante para desenvolvimento dos jovens”, esclarece Vicente.

Portanto, para os pais que pretendem inserir os filhos em escolinhas de futebol, o ortopedista orienta sobre a necessidade da avaliação médica antes. “Mesmo com a liberação médica, é importante que os pais fiquem atentos a alimentação e duração dos treinos”, destaca.

Segundo Vicente, se esses cuidados não forem tomados, os jovens podem apresentar problemas de lesões nos tendões e nos músculos, exatamente como acontecem com atletas profissionais.

Saiba mais sobre como controlar a Fibromialgia



Atualmente, não há cura para a fibromialgia, mas existem muitos passos que você pode tomar para entender a sua doença e controlar seus sintomas. O tratamento é focado na gestão da dor, fadiga, depressão e outros sintomas comuns na fibromialgia em uma tentativa de quebrar o ciclo de aumento da sensibilidade à dor e diminuição da atividade física. Cada pessoa pode reagir a uma combinação de diferentes tipos de tratamentos.

O tratamento pode incluir:
  • Medicamentos para ajudar a dormir melhor, relaxar os músculos, ou aliviar dores musculares e articulares. Dentre os medicamentos, seu médico pode sugerir antidepressivos tricíclicos, relaxantes musculares como a ciclobenzaprina (Miosan), anticonvulsivantes (também chamado de anti-epilépticos),  mistos (ou dupla) inibidores seletivos da recaptação ou, menos frequentemente, analgésicos sem receita .
  • Terapia de Exercício para aliviar dores musculares e aumento da energia.
  • A terapia cognitivo-comportamental para ajudá-lo a aprender a controlar sua dor.
O ínício do tratamento também é uma parte vital na gestão da fibromialgia. Seus esforços para obter o exercício regular, melhorar os seus hábitos de sono, e reduzir o stress são tão importantes para seu tratamento como qualquer medicamento que o seu médico possa prescrever.
 
O tratamento inicial

Se você tiver acabado de ser diagnosticado com fibromialgia, seus objetivos iniciais de tratamento podem incluir:
  • Iniciar um programa de exercício físico regular. Obtendo o exercício consistente, especialmente exercício cardiovascular, é uma das melhores maneiras de controlar a fibromialgia. É importante que o progresso do seu programa de exercícios seja feito lentamente, assim você tem menos chance de ter músculos doloridos que fazem você querer deixar de fazê-los.
  • Identificar problemas de sono, se os tiver, e aprender sobre as formas de obter um sono mais reparador.
  • Aliviar a dor e a rigidez com medicamentos e calor.
  • Identificar “gatilhos” que parecem agravar os seus sintomas e aprender a evitar ou controlá-los. Um gatilho pode ser qualquer coisa que aumente os seus sintomas. Podem incidir sobre o tempo, atividades, eventos estressantes ou falta de sono.
  • Partir para um programa de terapia cognitivo-comportamental para ajudá-lo a aprender a relaxar, reduzir o stress e controlar sua dor. Além de diminuir a dor e a fadiga, pode melhorar seu humor e capacidades de funcionamento.
Com algumas orientações e instruções, você será capaz de começar a trabalhar sobre a maioria destes objetivos em casa. Você pode ter uma equipe de profissionais de saúde para ajudá-lo. A equipe pode incluir: médico, reumatologista ou um endocrinologista, um fisioterapeuta e um psicólogo.
 
O tratamento

Redução de exercícios, sono e estresse podem ser extremamente úteis no controle de seus sintomas. Os sintomas da fibromialgia vão e vem várias vezes, por isso é importante manter seus esforços um tratamento a longo prazo em sua própria casa.

Prescrição de medicamentos pode ser útil para determinados sintomas, incluindo dor e problemas de sono. Converse com seu médico se você acha que os medicamentos que está tomando não estão ajudando. Pode haver outras alternativas. Lembre-se que a sua necessidade de medicamento pode mudar ao longo do tempo.

Outra parte importante do tratamento para a fibromialgia é quando possível, evitar ou limitar sua exposição aos “gatilhos” ou “stress” que agravam os seus sintomas. Frio ou clima úmido, sono ruim, fadiga, estresse físico ou emocional parecem ser fatores de estresse comum as pessoas com fibromialgia. Pode não ser possível evitar essas coisas completamente, mas você pode aprender maneiras de reduzir o estresse, prática de melhores hábitos de sono e evitar exacerbar-se.

Atenção aos sinais de depressão ou ansiedade, que são comuns em pessoas com fibromialgia e podem gerar problemas com o sono e as sensações de dores. Estes muitas vezes podem ser tratados com sucesso.

Muitas pessoas com fibromialgia tem outros conjuntos ou doenças musculares (como a artrite reumatóide ou lupus) que precisam ser tratados. Certifique-se de relatar quaisquer sintomas novos ou agravamento de problemas com o seu médico.
 
O tratamento se a condição se agrava

A fibromialgia não é uma doença progressiva e não causa nenhum dano físico permanente. Mas os sintomas podem ser debilitantes, e você pode passar por períodos de tempo que você se sente pior do que o habitual.

Se aparecerem novos sintomas ou se os sintomas existentes piorarem, discuta as suas preocupações com o seu médico. Ele talvez necessite reavaliar o seu tratamento. Também pode achar necessário ajustar a prescrever medicamentos diferentes.

Também é possível que novos sintomas ou agravamento possam estar relacionados a uma condição diferente. Seu médico pode avaliar esta possibilidade também, mas só se você deixar que ele que você está tendo problemas.

O que pensar à respeito

Embora o exercício possa ajudar a maioria das pessoas com fibromialgia, não há um tratamento especial que destaca-se como o mais eficaz. O tipo de tratamento que você precisa pode basear-se em:
  • A gravidade dos seus sintomas.
  • Se sua condição perturba sua vida diária.
  • Que tipos de mudanças em sua vida que você está disposto e capaz de fazer.
Como os sintomas da fibromialgia podem ir e voltar, você pode achar que é difícil avaliar se um determinado tratamento é realmente efetivo. Diferentes pessoas podem reagir de forma diferente para cada tipo de tratamento. Pode levar tempo e você pode ter que tentar vários tratamentos diferentes para encontrar uma abordagem que funcione para você.

Os avós e a educação dos netos



Ficar na casa dos avós geralmente é sinônimo de diversão. É comer pipoca e bolo de chocolate, brincar de luta no tapete da sala, ter a comida preferida na hora da refeição e ouvir muitas histórias. Mas não é apenas nas brincadeiras e na fuga da rotina que o papel deles é desempenhado; os avós podem ser conselheiros, educadores e um conforto em momentos difíceis.

A importância deles no desenvolvimento das crianças foi atestada em uma nova pesquisa da Universidade de Oxford, na Grã-Gretanha, com 1,5 mil crianças e adolescentes de 11 a 16 anos. Os estudiosos observaram que as crianças que tiveram os avós por perto cresceram mais felizes. Principalmente nos dias de hoje, quando os pais têm uma rotina atribulada, a proximidade é ainda mais benéfica - e necessária.

De acordo com o estudo, quase um terço das avós maternas tomam conta dos netos regularmente na Grã-Bretanha. Em entrevista a BBC Brasil, Eirini Flouri, do Instituto de Educação de Londres, disse que, em épocas de separação dos pais, muitos avós desempenham um papel importante ao trazer conforto aos netos e estabilidade a toda a família. A pesquisa também levantou que os avós foram muito importantes no momento de superar dificuldades como a implicância de colegas da escola e no planejamento do futuro, como a escolha da faculdade.

No colo dos avós é seguro
 
Alguma vez você pensou que seus pais ou sogros não dariam conta de um bebê ou que poderiam ficar desatentos por alguns minutos e ele se machucaria? Os americanos levam essa história tão a sério que fizeram uma pesquisa e constataram que crianças que ficam com os avós não têm esse risco aumentado por conta da idade dos cuidadores. Se você deixar seu filho com os avós - principalmente agora, que você está no trabalho e seus filhos de férias -, fique tranqüilo e não se esqueça de deixar também:

• uma quantia em dinheiro, para eles comprarem o que a criança precisar
• uma lista de telefones para emergências
• recomendações com horários da rotina do bebê
 
E lembre-se do ônus: eles vão palpitar, sim, sobre a educação da criança. Mas com uma boa conversa, entrar em um acordo não será tão difícil.

Obstetra ensina como preparar o corpo para uma gravidez sadia e tranquila



Cada vez mais estudos comprovam que preparar o corpo antes de tentar engravidar pode aumentar as chances da concepção e protege o bebê de uma série de doenças. Além de ficar longe do cigarro e das drogas, o obstetra Luiz Fernando Dale afirma que as mulheres que estão querendo ter um filho devem passar a comer bem, praticar exercícios físicos e cuidar bem dos dentes.

- Ao parar o método anticoncepcional, a fertilidade natural ocorrerá em 30% a 40% dos ciclos. Isto significa que você provavelmente não vai engravidar na primeira tentativa. É preciso ter paciência, já que em 85% dos casais uma gestação ocorrerá. Uma mulher saudável, com menos de 36 anos, pode tentar engravidar por um ano sem ajuda médica - afirma Dale.

Os 12 passos que levam a uma gravidez tranquila:

1) Procure seu médico: Vá ao ginecologista fazer uma avaliação de rotina (preventivo, exame de mama, exame ginecológico e exames de imagem, se necessário). Ao avisar dos planos de gravidez, o médico vai pedir um exame de sangue. É importante falar para ele se você tem diabetes, hipertensão, epilepsia, depressão ou outras doenças crônicas para que ele adapte as medicações usadas. Algumas medicações são seguras, outras podem trazer riscos ao bebê. Não esqueça que substâncias naturais também podem oferecer riscos. Não esconda do médico as doenças, incluindo as sexualmente transmissíveis, que você e seu marido já tiveram. Certifique-se que suas vacinas estão em dia, e só recorra a vacinação com conselho médico.

2) Tome ácido fólico: Inicie a suplementação de 2 a 3 meses antes de engravidar e durante a gestação tome uma dose de acido fólico de 5 mg por dia. A vitamina irá diminuir em dois terços a chance de alterações do fechamento do tubo nervoso do bebê.

3) Controle seu peso: O sobrepeso pode levar a um aumento dos casos de diabete gestacional e hipertensão. O final da gravidez das mulheres mais gordinhas pode ser mais difícil e a incidência de cesarianas é maior. Ao final de uma gestação, a mulher deverá ter engordado em torno de 9 a 10 kg, que correspondem ao peso do bebê, água, placenta e edema. Tudo que for a mais significa gordura, o que trará uma dificuldade de perda na fase pós parto. Por isso, é importante esta em forma antes da gravidez.

4) Não exagere no álcool e fique de olho no prato: Para Dale, é preciso ter bom senso, já que o excesso ou a falta de nutrientes pode prejudicar o bebê.

- O álcool, sendo uma taça ou outra de vinho não faz mal, lembremos que os europeus tem o vinho na dieta habitual. Um mito atual é que a grávida não deve comer comida japonesa. Mesma coisa, no Japão as gestações são alteradas? A história de que grávida não dever comer alimentos crus é verdade para carne crua ou mal passada, mas não para peixe cru.
Ele lembra que bebidas alcoólicas em excesso podem levar a baixo peso do bebê ao nascer, e também causar defeitos cardíacos, alterações no crescimento fetal intraútero e interferir até com o desenvolvimento cerebral. Quem come salada na rua deve optar por bons restaurantes, que lavam os vegetais com critério e onde os empregados usam luvas e gorro.

- Não existem alimentos que melhoram a fertilidade, a saúde é que melhora a fertilidade. Um corpo saudável é que é mais fértil.

5) Não use drogas: Drogas ilegais são prejudiciais para a grávida e para o bebê. Eles podem nascer com síndrome de abstinência e ter uma maior dificuldade de relacionamento e de aprendizado. A maconha está ligada a baixo peso do bebê ao nascer. A mulher que quiser engravidar deve abandonar as drogas por completo, antes, durante e depois.

6) Evite a cafeína: Procure ingerir menos café diariamente. Um café expresso ou 3 xícaras de café comum ao dia não trazem problemas.

7) Pare de fumar: Fumar eleva o risco de bebês de baixo peso ao nascimento, parto prematuro, complicações na gravidez, e síndrome de morte súbita do bebê. Atenção porque até fumantes passivos correm os mesmos riscos.
Parar de fumar também pode facilitar a capacidade de engravidar. Existem evidências hoje de que o fumo diminui a fertilidade masculina, então se você é parceira de um fumante, peça para ele parar de fumar. Se for necessário, peça ajuda ao médico.

8) Entre em forma: Exercícios regulares ajudam a perder peso, melhoram o humor e reduzem o estresse. Para Dale, trinta minutos 3 vezes por semana é o ideal. Natação, ioga e caminhada são excelentes exercícios para depois que a mulher estiver grávida. Fazer exercícios nos três primeiros meses de gestação não traz problemas. No caso de cólicas ou sangramentos, o repouso deve ser observado.

9) Privilegie a alimentação saudável: Alimente-se bem, dando preferência a frutas, vegetais, grãos, proteínas. Evite gordura, fritura e açúcar. Não existem relatos comprovados que os adoçantes façam mal, mas procure utilizar o Sucralose, que é um derivado do açúcar. Stevia e frutose também são opções. Se tiver dúvidas, procure uma nutricionista para orientação.

10) Evite substâncias tóxicas: A pele, o aparelho digestivo e o respiratório podem absorver substâncias tóxicas do meio ambiente. Evite alimentos artificiais (batatas chips, conservantes etc.), cremes de pele (ácidos), tinturas de cabelo e medicamentos sem indicação médica. Não omita para o médico os produtos que você usa no dia a dia. Tirando os alimentos artificiais, não há nenhuma contraindicação de tipos de comida. Se estiver fazendo algum tratamento estético o médico tem que saber, para orientar qual deverá ser interrompido se a mulher engravidar.

11) Cuide dos dentes: Vá ao dentista para uma limpeza periodontal antes de engravidar. A doença periodontal pode levar ao aborto ou ao parto prematuro. Se o tratamento na gestação for necessário, é proibido usar raios-X. A anestesia sem adrenalina está liberada.

12) Tente cultivar o bem-estar emocional: Quem está tentando engravidar e não está conseguindo passar por um momento de grande estresse. Dale afirma que estas alterações não aumentam taxas de aborto nem dificultam a concepção, mas podem prejudicar a vida conjugal. Por isso, se você está bem orientada, tente administrar a frutração e ansiedade.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Conheça os sintomas e as complicações da Síndrome do Pânico



A doença é caracterizada por ataques repentinos, inexplicados e recorrentes de grande ansiedade (crises de pânico, por exemplo). Os ataques duram poucos minutos, são autolimitados (cessam espontaneamente), mas causam muita apreensão e medo, sendo frequentemente associados com uma sensação de morte iminente.

Ela atinge pessoas de qualquer classe social ou profissão, seja na área urbana ou rural. Em 70% dos casos, a doença começa a se manifestar entre os 20 e 35 anos, e geralmente em uma fase profissionalmente muito produtiva. A ansiedade causada por uma separação durante a infância, interrupções de relacionamentos afetivos e situações estressantes de ordem pessoal e profissional podem predispor ao aparecimento da síndrome do pânico.

Sintomas
Os principais sintomas de um ataque de pânico são: falta de ar, tonturas, palpitações (taquicardia), tremores, sudorese, sufocamento, náuseas ou desconforto no abdome, formigamentos, ondas de calor ou calafrios, dor ou desconforto no peito, medo de morrer, de enlouquecer ou de perder o autocontrole.

A ocorrência simultânea de quatro sintomas, dentre os acima mencionados, é suficiente para estabelecer o diagnóstico da doença. É importante ressaltar que há necessidade de que os ataques de pânico sejam recorrentes (várias vezes por semana ou até diariamente), sendo que estes podem ou não serem acompanhados de agorafobia.

Esta última situação, a agorafobia, é o medo de estar em lugares ou situações nas quais seja difícil sair ou que não haja ajuda disponível na hipótese da ocorrência de um ataque de pânico. Dentre as situações mais frequentes de agorafobia, podemos mencionar aquelas em que o indivíduo está sozinho e fora de casa, numa multidão, em locais de difícil saída (exemplo: shopping center), em uma ponte, numa viagem de ônibus, trem, automóvel ou avião.

Devido aos sintomas dos ataques de pânico, muitas vezes o diagnóstico acaba sendo realizado por um médico clínico, emergencista ou cardiologista, em vez de um psicólogo ou psiquiatra.

Características de personalidade: os portadores de síndrome do pânico são pessoas com tendência ao perfeccionismo, com uma autocrítica muito grande, não se permitindo falhar em nenhum aspecto. Há uma cobrança extrema quanto à execução correta de suas atividades e, de certa forma, estes indivíduos esperam a mesma atitude das outras pessoas. Apresentam-se muitas vezes como pessoas "viciadas no trabalho”, com dificuldades para relaxar, sendo também muito centralizadores em relação as suas tarefas profissionais.

Geralmente gozam de uma ótima capacidade intelectual, mas denotam dificuldade nos relacionamentos afetivos. Inicialmente, os portadores da síndrome do pânico apresentam uma grande convicção que sua doença é de ordem orgânica, não aceitando o diagnóstico de síndrome do pânico. É comum a procura de outro profissional da área médica, tal a sua desconfiança sobre a presença de uma outra doença, de ordem orgânica.

Complicações

Com a repetição dos ataques, podem surgir algumas complicações tais como: hipocondria, fobias associadas direta ou indiretamente com as situações nas quais ocorreu a crise, ansiedade basal, ansiedade de antecipação, agorafobia, autodepreciação, desmoralização, depressão, alcoolismo e, ou, abuso de drogas.

- Ansiedade basal: Caracteriza-se por tensão e dores musculares, dificuldade para relaxar (o paciente fica sempre em alerta, esperando uma nova crise), intolerância a barulho, impaciência, irritabilidade, agressividade verbal, insônia e fadiga no final do dia.

- Ansiedade de antecipação:
O paciente pode associar os ataques de pânico a certos locais onde os teve, criando um condicionamento e, dessa forma, sente-se ansioso podendo até terem novos ataques de pânico quando se confronta fisicamente com a situação.

- Evitação fóbica:
Cada vez que o paciente tenta enfrentar uma situação fica mais ansioso, chegando ao ponto de ter um ataque de pânico. Quanto mais se evita uma situação, mais receio dela se vai adquirindo.

- Hipocondria
: É uma preocupação excessiva com a saúde física, o que se nota pelo fato do indivíduo observar com mais frequência suas funções, em particular a cardiovascular (pressão arterial e batimento cardíaco). O paciente começa a acreditar que deve haver algo muito sério com sua saúde física, algo que os médicos e os exames não são capazes de detectar ou então estão estejam lhe omitindo.

- Desenvolvimento de fobias:
Fobias são situações específicas que geram ansiedade (exemplo: dirigir, lugares fechados, etc.). Estas situações podem estar associadas direta ou indiretamente com ataques prévios de pânico. Como o ataque de pânico não escolhe lugar nem hora, a tendência é irem ampliando progressivamente as fobias ou a ter medo de praticamente tudo.

- Auto-depreciação e desmoralização: As limitações impostas pelo estado fóbico e ansioso comumente levam a outras complicações, tais como sentimentos de autodepreciação e desmoralização. Há queda de qualidade de vida do paciente e da família, além do sentimento de responsabilidade pela doença e por uma hipotética falta de força de vontade para superar o problema.

- Depressão:
Os pacientes com síndrome do pânico e suas complicações podem desenvolver depressão, a qual é reativa as limitações fóbicas ansiosas impostas à vida do indivíduo. Essa depressão é secundária e ela desaparece quando o paciente melhora do pânico.

Gravidade

A gravidade da síndrome do pânico pode ser avaliada através do grau de evitamento agorafóbico e pela gravidade dos ataques de pânico em si.

- Grau do evitamento agorafóbico: Pode ser leve (existe algum evitamento, mas o estilo de vida é relativamente normal, conseguindo viajar desacompanhado quando necessário tal como a trabalho ou para lazer), moderado (resulta num estilo de vida restrito, pois a pessoa é capaz de deixar a sua casa sozinha, no entanto, somente consegue percorrer alguns quilômetros desacompanhados) ou grave (por evitamento resulta em estar parcial ou completamente restrita a sua casa, sendo incapaz de sair desacompanhada).

- Gravidade dos ataques de pânico: Podem ser leves (durante o último mês não houve mais do que um ataque de pânico), moderados (durante o último mês os ataques foram intermediários entre ataques leves e graves) ou graves (durante o último mês houve pelo menos oito ataques).

Consequências

As conseqüências da síndrome do pânico afetam três áreas:

- Econômica: Ocorrem gastos excessivos e desnecessários com médicos, exames e internações. Outro prejuízo econômico são as faltas comuns ao trabalho. Não é raro pacientes com síndrome do pânico serem afastados temporariamente ou definitivamente de seu trabalho.

- Social: O paciente se restringe ao convívio apenas familiar, recusando os convites sociais. Como consequência, os amigos vão se afastando em virtude das dificuldades de relacionamento que o paciente vai adquirindo com a ocorrência sucessiva dos ataques de pânico. É comum estes ataques ocorrerem em reuniões sociais e situações festivas, como aniversários e casamentos.

- Familiar: Após várias consultas médicas e exames mostrando que o paciente não tem aparentemente nada, os familiares acham que tudo não passa de fraqueza ou falta de força de vontade para superar a doença. Como muitas vezes o paciente com síndrome do pânico só sai ou faz algo acompanhado, este fato pode afetar a liberdade da pessoa de quem depende, trazendo aborrecimentos e gerando dificuldades de relacionamento conjugal ou com a família.

Tratamento

O tratamento da síndrome do pânico deve ser realizado com psicoterapia e o uso de medicamentos.

- Psicoterapia: Quando explicado ao paciente com síndrome do pânico a origem e as características da doença, reforçando o fato de tratar-se de uma condição psiquiátrica e não de origem orgânica, geralmente obtém-se um resultado positivo em relação aos sintomas. Um aspecto importante é estar disponível para conversar com o paciente por telefone em situações de um ataque de pânico iminente ou na vigência deste. Alguns pacientes necessitam de uma psicoterapia mais intensiva visando reduzir as limitações impostas pela doença, como o evitamento fóbico.
 
Medicamentos: 
 
Pacientes com síndrome do pânico deverão tomar antidepressivos (medicamentos que ajudam a restabelecer o equilíbrio dos neurotransmissores), por um período mínimo de um ano. A escolha do antidepressivo baseia-se nas características individuais de cada paciente. No entanto, existem antidepressivos mais amplamente estudados e utilizados no tratamento da síndrome do pânico. O uso de tranquilizantes, chamados de benzodiazepínicos, também faz parte do tratamento. Estes medicamentos podem ser usados durante a iminência de um ataque de pânico ou na vigência deste. Porém, com a ação dos antidepressivos ao longo do tempo, estes medicamentos costumam ser descontinuados.

Os males causados pelas drogas nos jovens universitários



Um estudo da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas, divulgado no mês passado, mostrou que quase a metade dos universitários brasileiros já usou algum tipo de droga ilegal e 80% dos universitários com menos de 18 anos já experimentaram algum tipo de bebida alcoólica. Ainda segundo o levantamento, 22% dos estudantes correm o risco de desenvolver dependência de álcool e 8%, de maconha. Foram ouvidos 18 mil estudantes em instituições de ensino superior públicas e privadas em todas as capitais brasileiras.

O abuso e dependência das drogas é um problema de saúde pública que afeta muitas pessoas e tem uma grande variedade de conseqüências sociais e na saúde dos indivíduos.

Pesquisas científicas recentes têm demonstrado que as drogas não somente interferem com o funcionamento cerebral normal, criando sensações de prazer, mas também tem efeitos a longo-prazo no metabolismo e atividade cerebral, e num determinado momento, as mudanças que ocorrem no cérebro podem transformar o abuso em dependência.

As pessoas viciadas em drogas têm um desejo compulsório e não conseguem deixar as drogas por vontade própria. O tratamento é necessário para dar fim a esse comportamento compulsivo.

Estudos recentes demonstraram que a dependência é claramente tratável. O tratamento pode ter um profundo efeito não apenas nos usuários de drogas, mas também na sociedade como uma diminuição da criminalidade e violência, redução da contaminação da Aids, acidentes automobilísticos e outros fatores associados às drogas.

Conheças as drogas mais consumidas pelos jovens brasileiros.

Cocaína

A cocaína é uma droga com grande potencial de causar dependência. Uma pessoa que experimenta a cocaína não pode prever ou controlar a extensão de seu uso.

Existem grandes riscos no uso da cocaína independente do modo de como ela é usada, por inalação, injeção ou fumo. Parece que o uso compulsivo da cocaína pode se desenvolver ainda mais rapidamente se a substância for fumada (na forma de crack).

Ecstasy

O MDMA é uma droga sintética e psicoativa com propriedades estimulantes e alucinógenas. Popularmente é também conhecida como ecstasy e droga do amor. Primariamente usada em boates e raves, está sendo cada vez mais usada em vários outros círculos sociais.

O MDMA é usualmente ingerido na forma de pílula, mas alguns usuários fazem uso por inalação, injeção, ou supositório.

O ecstasy é neurotóxico. Além disso, em altas doses pode causar aumento agudo da temperatura corporal (hipertermia maligna), o que pode levar a lesão muscular e insuficiência dos rins e sistema cardiovascular. Foi demonstrado que o MDMA causa lesão cerebral, afetando os neurônios.

Heroína
Heroína é uma droga que leva a dependência facilmente. É uma droga processada da morfina e apresenta-se usualmente como um pó branco ou marrom.

O abuso da heroína está associado com graves problemas físicos, incluindo overdose fatal, aborto espontâneo, colapso venoso e doenças infecciosas, incluindo HIV/AIDS e hepatite. Complicações pulmonares, incluindo vários tipos de pneumonia, podem resultar da condição de saúde precária do usuário, assim como do efeito depressor da heroína na respiração.

Além dos próprios efeitos da heroína, a droga pode conter aditivos que não se dissolvem bem e resulta em obstrução dos vasos sanguíneos dos pulmões, fígado, rins ou cérebro. Isso causa infecção ou mesmo a morte de parte desses órgãos vitais.

Inalantes

Os inalantes são substâncias químicas voláteis que produzem efeitos psicoativos. Uma variedade de produtos usados no ambiente doméstico e no trabalho contém substâncias que podem ser inaladas. Muitas pessoas não vêem produtos como tintas spray, colas, e fluidos de limpeza como drogas porque nunca tiveram a intenção de usá-los para obter um efeito intoxicante, entretanto crianças e adolescentes tem acesso fácil a esses produtos e estão entre o grupo de maior risco de abuso dessas substâncias extremamente tóxicas. Os pais devem monitorar com cuidado esses produtos para prevenir a inalação acidental por crianças muito novas.

Dentre as substâncias inalantes encontram-se os solventes (thinner, removedores, fluidos de limpeza, gasolina, cola) e gases (butano, propano, aerossóis, gases anestésicos, etc).

Maconha

O principal composto químico ativo da maconha é o THC (delta-9-tetrahidrocanabiol) e é o responsável pelos efeitos da maconha no sistema nervoso. Quando o indivíduo fuma a maconha, o THC rapidamente passa dos pulmões para o sangue, que o carrega para todo o organismo, incluindo o cérebro.

Ao contrário do que alguns pensam, a maconha pode trazer grandes problemas para a vida e saúde do indivíduo. Os efeitos a curto prazo do uso da maconha incluem problemas com memória e aprendizado; percepção distorcida; dificuldade em pensar e resolver problemas; perda da coordenação; e aumento da freqüência cardíaca. Pesquisas têm demonstrado que o uso da maconha a longo prazo causa algumas mudanças no cérebro semelhantes aos vistos no abuso de outras drogas consideradas mais "pesadas".

Alguns efeitos adversos na saúde causados pela maconha podem ocorrer devido o THC prejudicar a habilidade do sistema imune de lutar contra infecções e câncer. Depressão, ansiedade, e distúrbios da personalidade também estão associados com o uso da maconha. Devido ao efeito prejudicial na habilidade de aprendizado e memória, quanto mais a pessoa abusa da maconha, mais propensa ela será de ter um declínio de suas atividades intelectuais, de trabalho e sociais.

A andropausa e o envelhecimento masculino



Assim como a mulher tem seu climatério e, no decurso dele (depois da menopausa), já não terá possibilidades de engravidar, também a idade produz mudanças na sexualidade masculina, embora de modo muito diferente.

A andropausa é o período em que o homem passa por mudanças hormonais, fisiológicas e químicas. Isso acontece frequentemente entre 40 e 50 anos, embora haja casos em que possa ocorrer aos 35 ou aos 65.

As alterações podem chegar a afetar todos os aspectos da vida, como:

- dificuldades para conseguir ter ou manter a ereção;
- perda de interesse por fazer sexo;
- problemas nas relações que repercutem diretamente no funcionamento sexual da parceira; a mulher pode achar que está sendo repelida ou ficar ressentida se o homem não dividir as suas inquietações com ela;
- a culpa é frequentemente experimentada por casais cujo homem tem problemas de ereção.

Qualquer que seja a origem da disfunção sexual, uma vez iniciada a interação de fatores psicológicos, físicos e interpessoais, é muito difícil para o homem recuperar o seu equilíbrio. Se perder a ereção durante o tratamento medicamentoso, por exemplo, o homem começará a se preocupar se o seu pênis funcionará ou não na próxima vez em que tentar uma relação.

O estresse é o inimigo


Quanto mais preocupações e estresse tiver o homem maduro, menos ele será capaz de responder aos estímulos sexuais, segundo a prática médica. A parceira, portanto, poderá sentir que a culpa é dela ou não se sentir suficientemente atraente aos olhos do amado. Se não for estabelecido um diálogo, poderá haver uma separação. Também pode acontecer de o casal ficar cada vez mais envergonhado, temeroso e frustrado de tal modo que fica difícil a recuperação. É preciso lembrar que a andropausa é passageira.

Hormônios e idade

Estudos feitos nos Estados Unidos demonstraram que os níveis dos hormônios androgênicos nos homens a partir de 45 anos são mais baixos do que nos homens mais jovens. Concluiu-se, então, que a produção desses hormônios está intimamente relacionada à idade e às manifestações da andropausa, também chamada de climatério masculino.

Nesse período, o homem pode ter menor resistência à atividade física e necessidade de urinar com maior frequência, além de ganhar peso e perder cabelo. As mudanças sexuais observadas em alguns homens que ultrapassaram os 55 anos estão relacionadas ao tempo mais prolongado que necessitam para atingir a ereção e a estimulação, que precisa ser mais direta.

A ação da testosterona


A testosterona (hormônio sexual masculino) é necessária para a estimulação da libido e da capacidade erétil, requisitos indispensáveis para que a função sexual aconteça normalmente. A administração de remédios em casos de baixa produção de testosterona pode melhorar a função sexual em homens mais velhos.

O mito entre os anticoncepcionais e a gravidez



Provavelmente você deve ter uma amiga ou conhecer alguma mulher que atribui ao uso da pílula anticoncepcional a dificuldade para engravidar. No entanto, um estudo publicado na revista científica Fertility and Sterility, esclarece a questão: os contraceptivos orais não prejudicam a fertilidade feminina.

O mito de que a pílula interfere na fertilidade vem do fato de que, ao tentar engravidar logo depois de interromper o uso dos contraceptivos, muitas mulheres não conseguem e colocam a culpa nos anos de tratamento com o medicamento. Mas isso não é verdade.

Muitas mulheres realmente têm problemas de infertilidade e só vão descobrir o fato quando param de tomar a pílula. Estes problemas não têm nada a ver com o medicamento.

Se o problema da infertilidade for investigado e descartado, a mulher pode ter, inicialmente, dificuldade para engravidar, o que é normal e revertido em pouco tempo, após a interrupção do uso do remédio.

Depois de parar com a pílula, o corpo da mulher demora alguns meses para ser acostumar com a nova situação. O ovário precisa voltar a funcionar, o que pode levar de um a três meses, em média, quando há uma reorganização do ciclo menstrual da mulher.

E se a gravidez não vier?

Com a interrupção do uso da pílula anticoncepcional, a gravidez deve vir naturalmente em até um ano. Se após 12 meses tentando engravidar naturalmente o casal não obtiver sucesso, é necessário realizar uma avaliação médica conjunta. Um urologista e um ginecologista deverão ser procurados, ao mesmo tempo, para a realização de exames físicos no homem e na mulher.

Se após a realização dos exames de praxe nenhum sinal de infertilidade for diagnosticado, o casal é orientado a praticar o sexo programado. Diante do arsenal terapêutico oferecido pela reprodução assistida, o coito programado é a técnica menos arrojada, menos tecnológica, mas é exatamente a partir deste ponto que devemos começar a investigar e a tratar a infertilidade.

O tratamento consiste em acompanhar o ciclo menstrual da mulher, monitorando a ovulação por meio de exames de ultra-som seriados e dosagens dos níveis de hormônios no sangue e na urina. Em alguns casos, o ginecologista pode estimular os ovários com medicamentos. O objetivo é aumentar a precisão do dia fértil.

Para aumentar as chances de gravidez, o casal deve manter relações sexuais em dias alternados, a partir do primeiro dia da ovulação. Se ela for induzida, o medicamento leva entre 36 e 48 horas para agir. Isso significa que, quando aplicado pela manhã, o ideal é que o encontro sexual aconteça à tarde e na noite do dia seguinte. Não existe, portanto, uma hora exata para engravidar, mas, sim, o dia exato. Basta que, à medida do possível, o médico ajuste o coito programado ao cotidiano do casal.

Anticoncepcional e amamentação
É natural ter dúvidas sobre o uso do anticoncepcional após a gestação. O uso de anticoncepcional após a gravidez é normal e até mesmo necessário para prevenir uma possível segunda gravidez. Porém, para a mulher que está em período de amamentação, é necessário as pílulas manipuladas, que não atrapalham na produção de leite e na amamentação.

Essas pílulas são elaboradas somente com progestógeno, que não interfere em nada na amamentação. O uso de anticoncepcional após a gravidez pode ser reiniciado após 40 dias do nascimento do bebê, onde se correm menos riscos de ter algum problema relacionado ao aleitamento.

Antes de qualquer coisa, é preciso voltar ao médico para ver como vai a sua saúde, especialmente a saúde intima, e depois é que será escolhido qual é o melhor método anticoncepcional a ser usado.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Correr para ficar saudável



Na hora de escolher uma atividade física, uma das modalidades mais lembradas é a corrida, praticada tanto por homens quanto pelas mulheres. Atualmente, houve um aumento do número de adeptos, fato que pode ser conferido na enorme quantidade de participantes de maratonas em todo o mundo.

Para o consultor esportivo José Rubens D´Elia, este crescimento está intimamente ligado ao prazer que a corrida proporciona, aliado ao fato da maior conscientização das pessoas em relação à necessidade de praticar atividades físicas regulares. "A pessoa começa fazendo uma caminhada e aos poucos aumenta a velocidade e a satisfação com o exercício", afirma ele.

Uma outra característica do esporte é que ele pode ser praticado em qualquer lugar: na rua, no parque, no calçadão e até mesmo em uma esteira dentro do apartamento ou na academia. O acessório indispensável é um bom tênis, especialmente desenvolvido para este fim, além de disposição e o aval do médico. Também é importantíssimo fazer um check-up anual de saúde após os 30 anos.

Quem pretende treinar deve ficar atento a alguns cuidados fundamentais para alcançar bons resultados. Em primeiro lugar é preciso adaptar gradualmente o corpo ao novo exercício. "Depois de alongar, comece intercalando dois minutos de caminhada com três de trote durante 15 minutos e vá aumentando o tempo aos poucos", ensina o consultor.

No início, quem não tem ainda bom condicionamento físico pode sentir dores, mas depois de algum tempo treinando por, pelo menos 30 minutos, durante três vezes por semana elas deixarão de aparecer.
Outro aspecto importante a ser considerado é o tipo de piso. "Evite o concreto e o asfalto, dando preferência aos terrenos de terra e cobertos de grama, que absorvem melhor o impacto", alerta D´Elia.

Para quem está começando, ele recomenda os clubes de corrida, pelo qual se paga uma taxa para correr na companhia de outras pessoas.

Se o desânimo surgir, não desista logo de cara, pois a preguiça costuma ir embora quando se corre de três a quatro vezes semanais. Isso acontece devido à estabilização do neurotransmissor dopamina, que quando está em baixa é o responsável pela preguiça.

E sempre que surgir a vontade de parar, pense nos benefícios que o esporte proporciona. Além de ajudar a desenvolver a massa muscular e emagrecer, ele ajuda a fortalecer o sistema cárdio-respiratório, reduz o estresse, colabora para aumentar sua produtividade e entusiasmo. Afinal, ele aumenta a produção dos neurotransmissores endorfina e serotonina, responsáveis pelo humor.

Para quem reclama que só tem tempo durante os finais de semana para praticar exercícios, D´Elia aconselha que, ao invés de correr, faça uma caminhada com trote ou ande de bicicleta aos sábados e domingos. E para completar, procure se movimentar durante os outros dias subindo e descendo escadas, indo à padaria a pé, caminhando com o cachorro etc.

Porém, nunca deixe de praticar alguma atividade física, aliada a uma alimentação saudável, variada e equilibrada. Sua saúde depende principalmente de você!
 
José Rubens D´Elia, fisiologista do exercício, consultor esportivo e preparador físico de atletas.

Exercícios combatem o estresse



Quando pensamos em qualidade de vida, temos de levar em conta também o controle das nossas emoções e a maneira como encaramos e lidamos com os problemas que se apresentam. Em outras palavras, precisamos aprender a controlar o nível de estresse.

Neste processo, a prática de atividades físicas regulares é uma das grandes aliadas contra o estresse. "Os outros pilares do controle do estresse são uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras; e o relaxamento muscular e mental, alcançado também pela prática de esportes, yoga e exercícios respiratórios", afirma a psicóloga Marilda Emmanuel Novaes Lipp*.

O consultor esportivo José Rubens DElia** explica que a oxigenação do sangue conseguida com o exercício ajuda a ativar os neurotransmissores, substâncias que ajudam a tranqüilizar e dar prazer, como a serotonina, a endorfina e a dopamina.

"A atividade física funciona como um agente de liberação da tensão, por isso ajuda, mas sozinha não consegue controlar o estresse. Para isso é preciso procurar o médico, que identificará as fontes do problema e indicará o tratamento", diz ele.

Os exercícios mais indicados, segundo DElia são os aeróbios (natação, caminhada, corrida, andar de bicicleta), somados aos que promovem relaxamento, como a yoga.

Como funciona o estresse?

Para entender a importância dos movimentos físicos para o controle do estresse é necessário conhecer seu mecanismo. Marilda explica que, em momentos de perigo e tensão, nosso organismo libera uma carga muito alta de adrenalina e hormônios que aumentam nossa força física e nos ajudam a lutar contra o agressor.

E essa reação não é nova. "O homem das cavernas já convivia com o estresse e dependia dele para sobreviver e enfrentar os perigos que se apresentavam à sua frente o tempo todo, como os animais selvagens", diz a psicóloga.

Hoje em dia, apesar de todos os problemas contemporâneos que temos de enfrentar, não precisamos enfrentar o inimigo da mesma forma que nossos antepassados pré-históricos. Porém, continuamos reagindo biologicamente igual ao nos depararmos com dificuldades no trabalho, na vida pessoal, no trânsito: ficamos cheios de adrenalina e com força física aumentada, prontos para reagir contra quem nos desafiar.

Felizmente, a maioria das pessoas consegue se controlar, mas todas estas substâncias não se evaporam no ar. Por isso é fundamental utilizar toda essa energia física para ajudar a controlar o estresse e outros males (como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, problemas cardíacos e gástricos).  

Utilize sua energia em prol da saúde!

"Em momentos de estresse, todo o corpo fica em alerta, pronto para o ataque. Se uma pessoa costuma gastar sua energia diariamente caminhando, nadando, dançando e se exercitando de qualquer maneira, ela conseguirá aproveitar a força em seu benefício e diminuirá os níveis daquelas substâncias no organismo".

Para que a atividade física seja eficaz, é preciso que ela seja praticada regularmente, de preferência todos os dias (ainda que por apenas meia hora).

"É importante que a prática seja diária, de maneira a ajudar a pessoa a retomar o equilíbrio. Mas quem alega que não tem tempo de jeito nenhum, deve fazer, no mínimo, três vezes por semana. E de preferência mais de trinta minutos, pois é depois deste tempo que ocorre o relaxamento", afirma DElia.

Por último, é importante ressaltar a questão do prazer. "O exercício não pode ser um sacrifício. A pessoa precisa gostar da atividade que escolheu, ela não pode ser mais um fator de stress", diz o consultor.

E não deixe de considerar também a necessidade do relaxamento e a alimentação equilibrada e saudável.

Para completar, procure seguir algumas dicas:

  • Aprenda a dizer não para não ficar sobrecarregada

  • Adote uma postura positiva diante da vida

  • Relacione suas prioridades na vida

  • Evite o fumo e as bebidas alcoólicas e não abuse do café

    Inicie hoje mesmo seu programa de exercícios anti-estresse e conquiste tranquilidade, além de um corpo mais bonito e saudável.


  • Marilda Emmanuel Novaes Lipp é psicóloga especialista em stress, com vários livros publicados sobre o assunto. Diretora do Centro Psicológico de Controle do Stress e presidente da Associação Brasileira de Stress. 

    José Rubens DElia, fisiologista do exercício, consultor esportivo e preparador físico do velejador heptacampeão Robert Scheidt. 

    Reflexologia: a massagem dos pés



    A reflexologia é uma massagem aplicada desde a Antiguidade. Não se sabe ao certo suas origens, mas acredita-se que teria nascido na China há mais de cinco mil anos. Esta terapia tem forte ligação com a acupuntura: ambas se baseiam no mesmo princípio de energização dos meridianos, que são linhas que das mãos e dos pés que estão associadas a outros órgãos. Porém, enquanto na acupuntura são utilizadas agulhas, a reflexologia é feita com as mãos. A massagem é feita mais freqüentemente nos pés, embora possa ser feita nas mãos e orelhas, regiões do corpo em que existem pontos que refletem todos os órgãos do nosso corpo.

    Além de relaxar, a reflexologia ajuda a aliviar dores musculares, de cabeça, cólicas menstruais, problemas digestivos e até auxilia no tratamento de depressão e ansiedade.

    "Nos pés existem terminações nervosas que mandam informações para o sistema nervoso central. Pelas reações da pessoa, dá para ter pistas de como anda a saúde geral e quais órgãos podem estar com problemas", explica o fisioterapeuta João Júlio Diogo de Almeida.

    Ele explica que a reflexologia é um bom começo para aquelas pessoas que não se sentem à vontade ao serem massageadas em todo o corpo. "Muita gente fica desconfortável ao toque do massoterapeuta, se sente invadida e a reflexologia pode ajudar a quebrar esta resistência", diz o fisioterapeuta.

    Para a massagem, o profissional utiliza as mãos e, em alguns casos, inicia a sessão aplicando creme esfoliante e óleos para facilitar o deslizamento e proporcionar maior prazer sensorial através do aroma e do toque, já que os pés ficam mais macios e cheirosos.
    O fisioterapeuta recomenda que sejam feitas sessões semanais para que a pessoa realmente alcance os benefícios, pois a reflexologia tem efeitos cumulativos. Ou seja: quanto maior a freqüência, melhores serão os resultados.

    Mas é importante ressaltar que a massagem é um complemento do tratamento médico e que não o substitui de maneira nenhuma! Uma pessoa com problemas de saúde ou muito estressada deve procurar orientação médica, e se possível, auxiliar com massagens relaxantes e revigorantes, como a reflexologia.

    Além disso, massagear os pés é dar atenção a uma região do corpo praticamente esquecida pela maioria das pessoas. Para piorar, nem sempre usamos sapatos adequados, que acabam pressionando pontos reflexos de forma inapropriada e raramente ou nunca andamos descalços na terra ou em superfícies com texturas diferentes, o que acaba "adormecendo" as zonas reflexas dos pés.

    Uma dica do fisioterapeuta para amenizar essa distância da natureza é manter em casa uma caixinha com um pouco de areia, terra, cascas de árvores, folhas secas, pedras de tamanhos e formatos diferentes. Vale também as bolinhas de borracha e massageadores de madeira com superfícies rugosas, encontrados em lojas especializadas, para despertar nossos sentidos. "Aproveite para ficar descalço com os pés na caixa sempre que for possível, enquanto assiste televisão ou navega na internet".

    João Júlio Diogo de Almeida, fisioterapeuta especializado em massagens e acupuntura, vice-presidente da Associação de Massagem Oriental do Brasil (AMOR) e coordenador do curso técnico de massoterapia da Escola Mundial, em parceria com a AMOR.

    Meditação para uma vida melhor

     

    De uns anos para cá, muita gente descobriu o prazer e os benefícios da meditação. Porém, para muitos, a prática continua envolta em mistério.

    Há quem não acredite ser capaz de entrar em estado meditativo por ser muito ligado, ansioso ou por ter dificuldade de ficar quieto. Mas a professora de yoga e meditação Márcia De Luca diz que todo mundo pode meditar, desde que dedique todos os dias um tempo para silenciar a mente.

    "A meditação é inerente ao ser humano. Portanto, qualquer pessoa pode aprender, mesmo as impacientes e ansiosas", diz a professora.

    Ao contrário do relaxamento, que pode até levar ao sono, a meditação tranquiliza mantendo a pessoa alerta, no momento presente. Em tese, não é fundamental freqüentar aulas específicas e você pode meditar em sua casa.

    Porém, para quem sente muita dificuldade em concentrar-se e meditar sozinho, existem centenas de locais especialmente empenhados em orientar os alunos interessados em descobrir os benefícios deste processo tão individual.

    Antes de mais nada é importante saber que os resultados não são imediatos. Tenha calma, pois vale a pena esperar. Depois de algum tempo meditando diariamente, Márcia afirma que todos os aspectos da vida se transformam.

    "Há uma melhora das relações interpessoais (sociais) e intra-pessoais (internas, da pessoa com ela mesma). A meditação é um processo de resgate do melhor que há em cada um de nós", diz ela.

    Ao ajudar a trazer à tona o melhor de cada pessoa, a meditação colabora para aumentar a produtividade no trabalho, a criatividade, a inteligência, a saúde e a capacidade de amar. Ela ajuda a tornar a vida mais leve e tranquila.

    Para fazer em casa, Márcia ensina alguns passos que você pode fazer desde já. Ao realizá-los, esteja certo de que está meditando:


  • Coloque uma música calma, aromatize o ambiente com óleo essencial de lavanda e sente-se com a coluna ereta, em uma postura confortável. Comece então a observar sua respiração. Só isso. Se um pensamento surgir, não o rejeite, mas volte a prestar atenção no entrar e sair do ar de seus pulmões.

  • Procure viver intensamente o momento presente. Por exemplo: se está comendo não passe a refeição pensando no que vai fazer depois.

  • Faça uma coisa de cada vez. Evite, por exemplo, assistir televisão, conversar com uma amiga ao telefone e comer ao mesmo tempo. A mente precisa de foco e para isso é necessário ficar livre do turbilhão.

  • Policie seus pensamentos. Este é um aprendizado como qualquer outro. Ao deparar com pensamentos ruins, mude o foco.

    Meditar é um hábito que exige disciplina e leva algum tempo até se acostumar. "No começo é difícil e a pessoa pode ficar ansiosa e estressada por não conseguir. Por isso recomendo que se comece fazendo cinco minutos e vá aumentando gradativamente até ficar meia hora".


  • Márcia De Luca é professora de meditação e yoga; e consultora de ayuverda do Instituto Ciyman - Centro Integrado de Yoga, Meditação e Ayuverda - em São Paulo.

    Combata o estresse: a boa alimentação ajuda você!



    Por conta da agitada e da grande competitividade em todas as áreas, o estresse se transformou em um dos principais males do nosso século. Para combatê-lo é preciso adotar hábitos saudáveis, como praticar exercícios físicos, curtir os momentos de lazer e manter uma alimentação saudável e variada.

    Segundo a nutróloga Regina Mestre Amengual*, o estresse diminui as reservas de serotonina, uma substância produzida por nosso corpo e que proporciona sensações de calma, bem-estar e bom humor.

    "Muitas vezes, o estresse parece provocar o aumento da fome. Isso acontece porque, com a carência de serotonina, a pessoa fica mais inquieta e sente vontade de comer em excesso, especialmente açúcar. Essa é uma tentativa do organismo de elevar a concentração de serotonina,", explica a nutricionista.

    A profissional afirma, porém, que a dieta equilibrada é capaz de ajudar a deter essas reações. E, para favorecer a produção de serotonina em um momento de estresse, Regina afirma que é importante comer alimentos ricos em carboidratos complexos (arroz, pães, cereais), dando preferência os integrais.

    Ela afirma também que uma dieta que contenha peru e frango também ajuda a controlar o estresse, já que esses alimentos são fontes de triptofano, um aminoácido essencial que se transforma em serotonina.

    E há uma série de outros nutrientes que contribuem para a diminuição do estresse e da ansiedade. São eles: as vitaminas C (frutas cítricas como acerola, laranja, limão) e B6 (fígado de boi, aveia, batata, arroz integral, levedo de cerveja), o ácido fólico (vegetais de folhas verdes, feijões, fava, vagens, brócolis, espinafre, gema de ovo, gérmen de trigo, carnes magras, fígado, peixe, laranja, limão) e o zinco (frango, peixes, carnes).

    Para tentar aliviar uma situação tensa, a nutróloga dá uma dica: comer alguns biscoitos integrais, que começam a ser assimilados assim que ingeridos. "As primeiras quantidades de carboidratos passam à circulação sangüínea em poucos minutos, e em cerca de meia hora, a serotonina começa a agir".

    Porém, nunca é demais lembrar: é fundamental ter uma alimentação completa e equilibrada, que conte com todos os grupos alimentares, nas proporções indicadas na Pirâmide Alimentar. E, para obter uma dieta personalizada e adequada às suas necessidades, consulte um nutricionista. Mantenha um dia-a-dia saudável e mande o estresse para longe!

    Regina Mestre Amengual, nutróloga, especialista em nutrologia clínica pela Associação Brasileira de Nutrologia e mestre em nutrição e dietética pela Universidade de Granada, na Espanha.

    As crianças e o colesterol



    Há algumas décadas, temas como a obesidade ou elevação das taxas de colesterol costumavam estar relacionados apenas ao mundo adulto. Porém, diante do aumento considerável de casos de crianças obesas e com altos níveis de colesterol no sangue, esse quadro mudou.

    Atualmente, no mundo inteiro, discute-se a necessidade de instituir medidas para evitar que esses males afetem a saúde dos pequenos. A boa notícia é que está ao seu alcance tentar vencer essa batalha: para começar, é fundamental mudar alguns comportamentos adotados dentro de sua casa.

    Para a nutricionista Karina Maffei*, as principais razões para a elevação das taxas de colesterol das crianças são os maus hábitos alimentares, a falta de uma rotina de horários para se fazer as refeições e o sedentarismo. "Crianças que não têm atividades físicas regulares, que consomem grandes quantidades de guloseimas supercalóricas e não possuem hora certa para sentar-se à mesa têm chances maiores de apresentar este problema", diz ela.

    Além destes casos, existem também algumas que sofrem com colesterol alto devido a problemas endócrinos (hormonais), de origem genética. Todas, no entanto, necessitam de reeducação alimentar, devem praticar atividades físicas regulares e receber um acompanhamento médico.

    E, para começar, é preciso avaliar a despensa e a geladeira da família, pois as crianças vêem os pais, irmãos, avós e "cuidadores" como seus grandes exemplos e tendem a "copiar" seus comportamentos, inclusive os hábitos alimentares. Elas também desenvolvem o paladar experimentando os alimentos disponíveis dentro de casa.

     
    Karina recomenda que se evite oferecer diariamente guloseimas como doces, balas, frituras ou refrigerantes. "Não é necessário excluir estes itens das compras, mas restringir a freqüência com que são consumidos e a quantidade", diz a nutricionista.

    Por outro lado, é preciso aumentar a ingestão de frutas, legumes, verduras e cereais integrais, que são ricos em nutrientes e fibras, que também colaboram para o controle do colesterol.

    Outra dica da especialista é que os pais evitem oferecer produtos desnatados ou diet, a menos que a criança seja diabética. "Na maioria dos casos, não indicamos grande restrição calórica, pois as crianças estão em fase de crescimento e precisam de reserva energética. O melhor é incentivar o consumo de alimentos saudáveis e mudar os hábitos delas", afirma Karina.

    No entanto, para uma melhor orientação, é fundamental procurar o pediatra e/ou um endocrinologista, profissionais que avaliarão a saúde da criança e poderão prescrever o tratamento necessário - por isso, não deixe de levar seu filho para as consultas periódicas ao pediatra. Para completar, um nutricionista pode ajudar na montagem de um cardápio variado, saudável e personalizado.

    *Karina Maffei, nutricionista clínica do Hospital Samaritano, com especialização em pediatria e adolescência pelo Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

    sexta-feira, 23 de julho de 2010

    Cirurgia não é o mais indicado para casos de Hérnia de disco



    Segundo o IBGE, a hérnia de disco é um problema que atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros. Esta doença no disco intervertebral da coluna cervical e lombar pode ser tratado de forma simples e sem cirurgia. Para os especialistas, apenas 5% dos casos requerem intervenção cirúrgica.

    “O tratamento indicado são medicamentos, exercícios e fisioterapia. A cirurgia só é necessária quando a pessoa não responde a estes tratamentos depois de seis meses” explica o médico ortopedista, Vicente Carlos Franco Macedo. Em sua clínica, dos mais de mil pacientes que atendeu com hérnia de disco confirmada por exames, apenas um foi para a sala de cirurgia. “É muito importante lembrar que mesmo se for realizado algum procedimento cirúrgico o paciente precisa mudar o hábito de vida depois,para que não seja necessária outra cirurgia”, destaca.

    Entenda a doença

    A hérnia de disco ocorre quando a parte central do disco (núcleo pulposo) “escorrega” para trás ou para o lado dentro do canal vertebral. O disco é formado por um núcleo, núcleo pulposo, e por um anel redondo: o anel fibroso. Quando a musculatura paravertebral e abdominal ficam fracas por um período prolongado o anel fibroso rompe e deixa o núcleo pulposo escorregar para trás encostando nas fibras nervosas do nervo ciático. Esta compressão causa dor irradiada para barriga ou pernas.

    Embora tenhamos discos entre todas as vértebras. A hérnia mais comum é a da região lombar e da cervical já que essas são áreas de muito movimento.

    De acordo com o ortopedista, o estilo de vida está entre as principais causas da alteração nos discos, além da predisposição genética. “Muitas pessoas precisam tomar cuidado com a postura ao realizar alguns movimentos como levantar peso ou sofrer impacto de alta intensidade” destacou o especialista, sem contar os serviços braçais. Apesar de todo o cuidado,até mesmo esportistas, como mergulhadoras e maratonistas, podem correr risco.

    Os sintomas geralmente são dor es cervicais e lombares que irradiam para braços e pernas respectivamente, formigamento e dormências nos dermátomos ( áreas da pele) correspondentes. “Quanto mais rápido for o diagnóstico maior chance de recuperação sem seqüelas,” conclui Vicente.

    Como se prevenir

    O médico ortopedista dá dicas para evitar o problema.

    • Mantenha uma postura correta ao longo do dia. Sente-se com as pernas dobradas em 90º, e ande a cada 50minutos.

    • Pratique atividade física regularmente.
    • Alongue-se.

    Osteoartrose deve afetar 50% dos idosos nos próximos anos



    Doença pode ser evitada com atividade física regular

    É fato. A população brasileira está envelhecendo e cada vez mais rápido. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que a população idosa em 2050 chegará a 172,7 idosos para cada 100 crianças. Pelos cálculos do instituto, a população idosa ultrapassará a infantil em 2036. Anteriormente, o IBGE projetava essa mudança apenas em 2049.

    Para evitar a degeneração física estrutural e chegar à terceira idade com qualidade de vida, os idosos precisam tomar alguns cuidados. De acordo com vários estudos, metade dos idosos acima de 65 anos terão a osteoartrose. “Esta patologia caracteriza inicialmente pelo amolecimento da cartilagem articular, sendo que, a longo prazo pode ocorrer a destruição total dela”, informa o médico ortopedista, Vicente Carlos Franco Macedo. Quando afeta os membros superiores gera menos impacto na qualidade de vida do paciente, porém quando a artrose acontece em joelhos ou quadris pode se tornar incapacitante.

    A atividade física é o recurso mais indicado para minimizar a perda da massa muscular e, consequentemente, fortalecer ossos e articulações. Cada articulação possui uma cápsula com uma membrana sinovial que produz um líquido para lubrificá-la. A musculatura forte ajuda nesta lubrificação e produção constante de líquido sinovial. Portanto, a artrose pode acontecer se houver déficit na produção deste líquido.

    Mas é preciso cuidado ao praticar exercícios. “Antes de começar e na fase final de cada exercício é de suma importância o alongamento, para evitar lesões tipo overuse”, afirma o ortopedista. A prática regular de exercícios físicos estimula várias funções do organismo mantendo uma boa qualidade de vida permanente, já que estamos vivendo cada vez mais.

    Tratamento

    Além de medicação adequada é necessário avaliações ortopédicas e cardiológicas. “O exercício físico proporciona um aumento na aptidão física do idoso, induzindo ainda a mudanças no controle neural, no sistema cardiovascular, respiratório, endócrino e outros”, explica o médico.

    Segundo o ortopedista, os exercícios devem ser realizados com acompanhamento de um profissional capacitado, sendo que os mais indicados são os aeróbicos, caminhada, esportes em geral e até mesmo jogos como xadrez, dominó. “Podemos considerar que a atividade física faz parte de um programa completo e preventivo, sendo adaptáveis a cada indivíduo”, conclui.