segunda-feira, 19 de julho de 2010

Exercícios físicos podem reduzir os sintomas da depressão pós-parto



A depressão pós-parto é um problema de saúde que aflige 13% de todas as novas mamães em todo o mundo. A maioria dos casos se inicia nos três primeiros meses do período pós-natal (logo após o parto), mas a sua duração pode variar e é determinada por fatores socioculturais, como autoestima, a experiência durante o parto e a possibilidade de acompanhamento psicológico profissional disponível.

Estudos anteriores mostraram que, em geral, os exercícios físicos melhoram o humor tanto em mães jovens quanto as com mais idade que foram diagnosticadas com esse tipo de depressão.

“Dar à luz envolve mudanças físicas, emocionais e sociais”, pontua Mary Galea, da Universidade de Melbourne, na Austrália, e uma das autoras do estudo, publicado no periódico Physical Therapy. “O exercício em grupo, acompanhado por um profissional de educação física, pode ajudar a diminuir os riscos da depressão pós-parto.”

O estudo acompanhou mais de 160 mães no período após o parto e que haviam acabado de deixar a maternidade. Uma vez por semana, durante oito semanas, essas mães foram acompanhadas em uma rotina de exercício que durava uma hora, auxiliadas por educadores físicos e combinados com 30 minutos de acompanhamento educacional. Outro grupo recebeu apenas instruções em forma de anotações e um terceiro grupo não recebeu nenhum tipo de acompanhamento.

Os resultados mostraram uma melhora significante nos testes de sintomas de depressão do primeiro grupo e os resultados se mantiveram após um mês do final do acompanhamento. O número de mães pré-identificadas com possibilidade de desenvolver a depressão pós-parto caiu em 50% ao final do estudo, comparado com os outros dois grupos, afirmam os pesquisadores, o que indicaria que a rotina de exercícios feita em grupo e com acompanhamento profissional é bastante eficaz para tratar o transtorno.

Aborto pode aumentar separação de casais

Viver o trauma de um aborto ou do parto de um natimorto pode aumentar os riscos de o casal se separar, segundo recente estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Avaliando dados de mais de 7,7 mil gestações registradas pela Pesquisa Nacional do Crescimento Familiar, os pesquisadores descobriram que os casais que perdem um filho pelo aborto têm 22% mais chances de se separar em um período de três anos após o evento. E aqueles que tiveram parto de natimorto têm 40% maior risco de separação em nove anos.

“O aborto e o parto de natimorto podem ser eventos fortes e traumáticos para as famílias”, destacou a ginecologista e obstetra Katherine Gold, líder do estudo, em artigo publicado na edição de abril da revista Pediatrics. “Enquanto muitos casais se tornam mais próximos após a perda, se um casal vinha brigando antes da perda, isso pode ser um grande estresse para o seu relacionamento, concluiu a pesquisadora.

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