terça-feira, 27 de julho de 2010

O mito entre os anticoncepcionais e a gravidez



Provavelmente você deve ter uma amiga ou conhecer alguma mulher que atribui ao uso da pílula anticoncepcional a dificuldade para engravidar. No entanto, um estudo publicado na revista científica Fertility and Sterility, esclarece a questão: os contraceptivos orais não prejudicam a fertilidade feminina.

O mito de que a pílula interfere na fertilidade vem do fato de que, ao tentar engravidar logo depois de interromper o uso dos contraceptivos, muitas mulheres não conseguem e colocam a culpa nos anos de tratamento com o medicamento. Mas isso não é verdade.

Muitas mulheres realmente têm problemas de infertilidade e só vão descobrir o fato quando param de tomar a pílula. Estes problemas não têm nada a ver com o medicamento.

Se o problema da infertilidade for investigado e descartado, a mulher pode ter, inicialmente, dificuldade para engravidar, o que é normal e revertido em pouco tempo, após a interrupção do uso do remédio.

Depois de parar com a pílula, o corpo da mulher demora alguns meses para ser acostumar com a nova situação. O ovário precisa voltar a funcionar, o que pode levar de um a três meses, em média, quando há uma reorganização do ciclo menstrual da mulher.

E se a gravidez não vier?

Com a interrupção do uso da pílula anticoncepcional, a gravidez deve vir naturalmente em até um ano. Se após 12 meses tentando engravidar naturalmente o casal não obtiver sucesso, é necessário realizar uma avaliação médica conjunta. Um urologista e um ginecologista deverão ser procurados, ao mesmo tempo, para a realização de exames físicos no homem e na mulher.

Se após a realização dos exames de praxe nenhum sinal de infertilidade for diagnosticado, o casal é orientado a praticar o sexo programado. Diante do arsenal terapêutico oferecido pela reprodução assistida, o coito programado é a técnica menos arrojada, menos tecnológica, mas é exatamente a partir deste ponto que devemos começar a investigar e a tratar a infertilidade.

O tratamento consiste em acompanhar o ciclo menstrual da mulher, monitorando a ovulação por meio de exames de ultra-som seriados e dosagens dos níveis de hormônios no sangue e na urina. Em alguns casos, o ginecologista pode estimular os ovários com medicamentos. O objetivo é aumentar a precisão do dia fértil.

Para aumentar as chances de gravidez, o casal deve manter relações sexuais em dias alternados, a partir do primeiro dia da ovulação. Se ela for induzida, o medicamento leva entre 36 e 48 horas para agir. Isso significa que, quando aplicado pela manhã, o ideal é que o encontro sexual aconteça à tarde e na noite do dia seguinte. Não existe, portanto, uma hora exata para engravidar, mas, sim, o dia exato. Basta que, à medida do possível, o médico ajuste o coito programado ao cotidiano do casal.

Anticoncepcional e amamentação
É natural ter dúvidas sobre o uso do anticoncepcional após a gestação. O uso de anticoncepcional após a gravidez é normal e até mesmo necessário para prevenir uma possível segunda gravidez. Porém, para a mulher que está em período de amamentação, é necessário as pílulas manipuladas, que não atrapalham na produção de leite e na amamentação.

Essas pílulas são elaboradas somente com progestógeno, que não interfere em nada na amamentação. O uso de anticoncepcional após a gravidez pode ser reiniciado após 40 dias do nascimento do bebê, onde se correm menos riscos de ter algum problema relacionado ao aleitamento.

Antes de qualquer coisa, é preciso voltar ao médico para ver como vai a sua saúde, especialmente a saúde intima, e depois é que será escolhido qual é o melhor método anticoncepcional a ser usado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário