segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Uso de cigarro e álcool aumenta problemas nos ossos



Quando associados, estes vícios diminuem 45% a resistência óssea.

Para quem ainda não se convenceu do mal que o cigarro e bebidas alcoólicas fazem à saúde, uma nova descoberta do Instituto de Biologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) pode ser decisiva. A pesquisa confirma o fato de uma pessoa que fuma e bebe ter resistência óssea 45% menor do que a de alguém sem esses vícios. A baixa resistência dos ossos também retarda a recuperação em casos de cirurgias e tratamentos médicos.

Para o membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, Vicente Carlos Franco Macedo essa fragilidade é causada pela diminuição na concentração de cálcio nestes casos. “Além do consumo do fumo e álcool, normalmente essas pessoas não praticam esportes, dormem e se alimentam mal. Este comportamento prejudica a qualidade óssea”, explica.

Problemas

Entre os principais problemas que podem afetar este grupo de pessoas, o ortopedista destaca as doenças de longo prazo como o diabetes, derrames, infartos do miocárdio e osteoporose. “Em pacientes que apresentam estas patologias a qualidade de vida cai muito, principalmente após os 50 anos. No caso da osteoporose, aumentam a possibilidade de fraturas com mínimo de impacto ou quedas em casa e ainda a possibilidade de serem submetidos à amputação de membros devido ao tromboembolismo (trombose venosa) decorrente do cigarro”, alerta.

Segundo o médico, a baixa resistência dos ossos também dificulta os resultados em casos de cirurgias e tratamentos médicos. “São pacientes difíceis com recuperação complicada e lenta. Pois o fumo retarda a cicatrização afetando toda cadeia inflamatória e não deixa as células de defesa eliminar as células cancerígenas. Enfim, o vício é um sério problema de saúde pública”, expõe o médico do Triângulo Mineiro.

Cálcio

O cálcio é um componente mineral essencial para os ossos, incluindo os dentes. Ainda atua na modulação de algumas proteínas e é um dos responsáveis pelas contrações musculares. “A presença dele no organismo, e o seu estoque que é armazenado nos ossos, dependem completamente da alimentação. Assim, uma dieta balanceada contribui para o bom funcionamento corporal. Já uma alimentação desequilibrada poderá favorecer o aparecimento de doenças”, apresenta Ludmila Milken, nutricionista clínica do Santa Genoveva Complexo Hospitalar.

“Este nutriente é importante em todas as faixas etárias. Porém, dos 9 aos 18 anos e após os 50, o corpo requer maior quantidade para favorecer a manutenção da estrutura óssea e evitar patologias resultantes da falta de cálcio”, justifica a nutricionista.

Quantidade de cálcio encontrada a cada 100 gramas/ml dos alimentos:
Alimento / Quantidade (mg)
Queijo Minas / 685
Manjuba / 530
Amêndoa / 497
Gergelim / 417
Sardinha / 402
Flor crua de brócolis / 400
Aveia / 392
Corvina / 330
Couve manteiga / 300
Avelã / 287
Iogurte natural desnatado / 183
Castanha do Pará / 172
Agrião / 168
Espinafre cozido / 136
Leite desnatado / 123
Soja / 102

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