terça-feira, 21 de setembro de 2010

Você sabe quanto veneno há na sua comida?



Desde o início da produção dos pesticidas sintéticos em grande escala, na década de 1940, os riscos que essas substâncias podem trazer ao organismo e à natureza ainda são incertos. No Brasil, a sua utilização se tornou mais evidente em ações de combate a vetores agrícolas na década de 1960. Alguns anos depois, os agricultores foram liberados a comprar o produto de outros países.

No campo, por exemplo, em contato direto com agrotóxicos, alguns trabalhadores rurais apresentam intoxicações sérias. Para avaliar o risco de gente que apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, alimentados com doses altas desses venenos.

A partir do resultado desses testes e da análise de alimentos in natura (para determinar o grau de resíduos do pesticida na comida), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece os valores máximos de uso dos agrotóxicos para cada cultura. Esses valores têm sido desrespeitados, segundo as amostras da agência.

Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros têm resíduos de agrotóxicos que nem deveriam estar lá. Esses excessos, isoladamente, não são tão prejudiciais, porque em geral não ultrapassam os limites que o corpo humano aguenta. O maior problema é que eles se somam – ninguém come apenas um tipo de alimento.

Agrotóxicos, o que são?

Os agrotóxicos são substâncias químicas (herbicidas, pesticidas, hormônios e adubos químicos) utilizadas em produtos agrícolas e pastagens, com a finalidade de alterar sua composição e, assim, preservá-los da ação danosa de seres vivos ou substâncias nocivas.

Em que alimentos podem ser encontrados?


Eles podem ser encontrados em vegetais (verduras, legumes, frutas e grãos), açúcar, café e mel. Alimentos de origem animal (leite, ovos, carnes e frangos) podem conter substâncias nocivas que chegam a contaminar a musculatura, o leite e os ovos originados do animal, quando ele se alimenta de água ou ração contaminada.

Males à natureza e perigos à saúde

Segundo a Anvisa, o uso intenso de agrotóxicos causa a degradação dos recursos naturais, como solo, água, flora e fauna, em alguns casos de forma irreversível, levando a desequilíbrios biológicos e ecológicos.

Quando mal utilizados, os agrotóxicos podem provocar três tipos de intoxicação: aguda, subaguda e crônica. Na aguda, os sintomas surgem rapidamente. Na intoxicação subaguda, os sintomas aparecem aos poucos: dor de cabeça, dor de estômago e sonolência. Já a intoxicação crônica pode surgir meses ou anos após a exposição e levar a paralisias e doenças, como o câncer.

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